Vida

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domingo, 21 de junho de 2015

QUANTOS OSSOS NÓS TEMOS....

Não sei o que outros gordos sentem nem como as pessoas que sempre foram magras sentem, mas é impressionante o número de ossos que existe no nosso corpo.

Quando se é gordo ( já falei que preferia ser gorda do que obesa) nós não temos muita noção da complexidade do nosso corpo, pois a capa de gordura que nos cobre simplesmente esconde as melhores partes.

Ai, um belo dia, resolvemos que vamos emagrecer e então começamos a perceber algumas coisas incríveis, como por exemplo a primeira vez que senti os ossos do meu cotovelo, ou os ossos das maçãs do rosto, ou mesmo o formato dos joelhos e as juntas dos dedos dos pés e das mãos.

Quando estamos gordos somos redondos, não temos pontas e portanto estamos sempre “confortáveis” – deixa eu explicar : por exemplo, quando vamos num Ginásio de Esportes assistir a um jogo qualquer vemos várias pessoas magras carregando almofadas para sentar e simplesmente não entendemos o porquê.

A verdade é que depois que emagrecemos temos a nítida sensação que temos vários ossos a mais em nosso corpo.
Quando sentamos sentimos os ossos do quadril e com espanto percebemos que eles nos causam desconforto, mas ao mesmo tempo adoramos a sensação, pois sabemos o porque disso estar acontecendo.

Sempre dormi de lado e agora continuo dormindo de lado, mas consigo sentir os ossos dos meus joelhos se tocando e tenho que mudar a posição das pernas para não sentir dor..... adoro ....

Lembro o primeiro dia que estava passando um hidratante e comecei a sentir os ossos do meu braço, parecia um bebê quando descobre os pezinhos ( quem tem filhos ou sobrinhos sabe do que estou falando), é impressionante a mudança de percepção que temos de nosso corpo quando emagrecemos.

Olhamos no espelho e vemos uma pessoa com contornos, curvas, pontas, saboneteira, veias, músculos, joelhos, cotovelos e simplesmente achamos lindo, mas demoramos para reconhecer essa pessoa como nós mesmos.

Vou ser bem sincera – estou adorando me olhar no espelho, mesmo porque toda vez que olho avisto algum ponto novo, mas também por várias vezes tenho que olhar a segunda vez para ter certeza que aquela mulher do outro lado sou eu mesma.
Enfim, todos me dizem que temos 206 ossos em nosso corpo, mas eu tenho certeza que tenho o dobro disso, pois a todo instante descubro um osso que “não existia” quando eu era gorda.....

E mais, ADORO cada ossinho descoberto ......

Beijos meu queridos......

quinta-feira, 18 de junho de 2015

O PRIMEIRO ANO DO RESTO DA MINHA VIDA ..... QUE ESPERO SEJA MUITO LONGA....

Desde o último post que escrevi venho pensando muito e percebendo que o processo de metamorfose que descrevi no artigo De Lagarta à Borboleta é muito maior do que podemos sequer imaginar.

Para escrever o que realmente quero é necessário retroceder um pouco na minha história:

Fui uma criança que nasceu em berço de ouro, uma linda família ( mãe, pai, irmão e eu), dinheiro não era problema e até os 27 anos fui criada para ser princesa – uma princesa gorda, mas uma princesa.

Tive festa de 15 anos, fiz Faculdade de Direito em São Paulo, minha Festa de Formatura foi linda .... e então de repente, não mais que de repente tudo vira pó e entre um Plano Financeiro e outro nós perdemos tudo, absolutamente tudo e a princesa, do dia para a noite, virou gata borralheira.

Desde esse fato eu venho na verdade pensando muito pouco em mim e muito nos que me cercam.

Mas o importante é que nesse período todo em que me coloquei em segundo plano, tudo que dizia respeito a mim também ficou, inclusive a Vaidade que deveria se parte integrante do ser humano, mas que deixamos de lado com uma facilidade incrível.

Pois bem, foram praticamente 20 anos sem perceber que eu era uma pessoa necessitando de mim mesma, até que por vários motivos a mágica aconteceu e eu comecei novamente a me enxergar.

Não se enganem, quando começamos a nos deixar de lado esse movimento vira um vício e tudo o que nos diz respeito pode esperar um pouco.

Pois bem, a mágica aconteceu, eu para começar me submeti à Cirurgia Bariátrica e depois a metamorfose foi acontecendo, a cada quilo eliminado eu me enxergava mais e então várias coisas começaram a acontecer.

Meu guarda roupa foi se modificando, e as roupas disformes foram dando lugar a roupas acinturadas, os sapatos baixos foram saindo e dando lugar a saltos altos (que eram impossíveis de serem usados), o carro que estava na garagem (um carro enorme) deu lugar a um carro pequeno, pois este combina mais comigo agora.

Impressionante que pessoas que simplesmente não me enxergavam passaram a me enxergar, ou melhor eu comecei a me mostrar de uma forma muito mais positiva.

O que quero dizer realmente é que no dia 4 de outubro de 2014, dia em que fiz minha primeira consulta com o Dr. Fernando, entrei no que podemos chamar no Primeiro Ano do Resto da Minha Vida, o ano que estou aprendendo a me conhecer e a me reconhecer como uma mulher pronta para galgar novos horizontes e realizar vários sonhos e por esse motivo a partir de agora comemoro dois aniversários por ano, um no dia 30 de maio ( dia em que nasci pela primeira vez) e outro no dia 04 de outubro ( dia em que começou a existência dessa Ana Paula – recondicionada, modificada e com certeza melhorada ).

O engraçado é que de nascimento ( para quem acredita ) sou gêmeos com ascendente em balança e agora meus dois nascimentos são – o primeiro em gêmeos e o segundo em balança – para os descrentes pura coincidência para os crentes Desígnios Divinos, pois os dois signos são complementares - enquanto gêmeos vive na dualidade a balança equilibra esses dois lados....

Pois bem, e é assim que renasço a cada dia ...... 

quarta-feira, 10 de junho de 2015

COMO ACREDITAR ......

Durante toda uma vida eu fui gorda e durante toda essa vida várias dietas foram tentadas e nada foi resolvido.

Durante toda uma vida nós gordos sempre percebemos que a cada início de dieta todos a nossa volta sempre nos olham com descrença, sempre pensando – não vai dar certo.
Penso que na realidade a cada início de dieta, nós gordos nunca acreditamos em nós mesmos, sempre pensamos – até quando eu vou conseguir ???

Hoje, sozinha na estrada, refletindo sobre isso penso que essa descrença na nossa capacidade de conseguir fazer a dieta se aprofunda em nossa mente e nos torna descrente de todas as nossas capacidades.

O problema disso tudo é que quando operamos, essa decisão tem que ser definitiva e as outras pessoas continuam não acreditando na nossa capacidade de fazer dar certo.

É impressionante que, sem exceção, cada pessoa que fica sabendo que fizemos a tal operação bariátrica tem uma história para contar e não pensem que essa história é sobre alguém que teve uma vitória e sim sobre alguma derrota contundente.
Sim, é mais ou menos assim :

“você operou, nossa eu li que um grande número de pessoas depois que operam viram alcoólatras” ....

“você operou, tenho um amigo que emagreceu um monte, mas agora engordou tudo de novo”...

“você operou, não acredito meu amigo depois que operou só vomita, não consegue comer nada”

E, ainda tem os mais próximos:

“seu prato está muito cheio, não vai caber no seu estômago – estou falando só pra ajudar”

“Ana Paula, chega, já está bom” e na verdade estou pegando a segunda rodela de tomate.....

“você está comendo muito pouco, vai ficar com anemia”

“vai continuar emagrecendo, já está bom” e você sabe que ainda faltam bons 15 kilos pela frente

“você está fazendo muito exercício”

“você não está fazendo nada”

“acho que isso está acontecendo porque você não obedece o médico” – mesmo todo mundo sabendo que só faço o que o médico manda

Enfim, fazemos a operação mas as pessoas ainda olham para nós com aquele olhar de descrença – tendo certeza que de uma hora para outra nós vamos jogar todo esse sofrimento no lixo e voltarmos ao nosso bom status de gordas felizes.


Eu sei que cabe a nós mudarmos esse olhar que as pessoas tem e é por esse motivo que procuramos forças em nosso médico, nossa nutricionista e nossa psicóloga, que são dentre todos, aqueles que realmente acreditam na nossa possibilidade de dar certo.

terça-feira, 9 de junho de 2015

SE AMANDO PARA PODER AMAR ....

(participação mais que especial de Luanna Catina)

No dia 01 de junho de 2015, durante nossa preciosa Reunião de Peso ( que vocês já conhecem) alguém teve a idéia de montarmos um grupo de WathsApp e assim aconteceu o início de várias amizades e várias histórias.

O pessoal do grupo está super animado e algumas histórias chamam a atenção de todos e por isso resolvi que com a ajuda preciosa de quem as viveu começar a publicar neste local as histórias de outras pessoas, pois como ficará claro cada experiência é uma vida diferente, uma emoção diferente, um amor diferente.

No caso de hoje temos a Luanna, pessoa super especial com uma história linda que será contada por ela mesma:

“Há 3 anos eu me olhava no espelho e não entendia como tinha chegado aos 135kg... a menina magra, apelidada de “cu seco” pela família estava imensamente obesa. Primeira crise depressiva aos 19 anos e uma ansiedade monstruosa que se transformava sempre numa compulsão alimentar mais forte do que eu mesma tinham me ajudado a estar tão gorda. Gorda mesmo, porque ninguém diz: “nossa, como ela e obesa”... desde os 19 anos tentava emagrecer e engordava sempre mais. Tomava mil remédios... todos os lançamentos da indústria farmacêutica... tomei até xenical, vivia me borrando, literalmente! Tive crises de tomar anfetaminas com whisk, tive crises de comer barras de chocolates, tive crises de fazer regimes malucos e desmaiar... fui em clínicas de estética, gastei fortunas, fiz lipo, fiz peito... fiz drama. Emagreci e engordei mil vezes... bati o carro drogada com anfepramona, fiz de tudo... até que engravidei. Tudo mudou. A palhaçada tinha que acabar, afinal, alguém crescia dentro de mim. Fui à nutricionista... nesta época eu já estava em tratamento psicológico, já tinha entendido que estava doente, só não conseguia mudar. Mas ai tudo mudou. Nada de remédios, nada de abusos, alimentação saudável e muito esforço, mais pela minha filha, do que por mim. Ela nasceu e eu me divorciei, se findava um ciclo de dor muito profunda, e de cicatrizes doloridas, e aí eu engordei pra valer... foi então que entendi que pra cuidar da minha filha eu precisava estar bem e resolvi procurar um cirurgião e fazer a redução do estômago. Pra minha surpresa, nos exames pré operatórios, descobri que estava com o coração inchado... foi o início de mil exames, até cateterismo eu fiz (experiência mortal) e veio o diagnóstico. Eu adquiri miocardiopatia dilatada... não sei se foram as anfetaminas ou qualquer outra causa. Sei que a pressão extremamente alta e o coração fraco não permitiram que eu fizesse a cirurgia. Meu cardiologista me incentivava a emagrecer! Vamos emagrecer um pouco pra poder operar. E nada... me cadastrei em uma empresa de produtos de emagrecimento que promete vida saudável e comprei uma fortuna em shakes e outros produtos. Passei a me alimentar de shakes e tabletes. Queria emagrecer! Quanto mais fome eu passava, mais eu engordava. Quanto mais engordava, mais dores eu tinha, mais ofegante eu ficava, mais depressiva eu estava. Já não via mais solução. Estava perdida. A única coisa que eu queria era criar a minha filha e eu nem conseguia brincar com ela... Alguns anos se passaram e a situação chegou no limite. Meu cardiologista me indicou o gastro cirurgião Dr. Fernando Leal e me disse que a única saída era a cirurgia de redução do estômago. Foi claro em me dizer que eu poderia morrer na cirurgia, mas que da mesma forma, poderia morrer dormindo, ou andando... eu estava tão mal que o risco era praticamente o mesmo. Marquei uma consulta e quando cheguei ao consultório, em meio a toda a minha ansiedade, ele me disse: “me conta tudo, desde o inicio”, e se acomodou na poltrona... Eu ri por dentro, e respondi que “tudo” era muita coisa, e então ele sorriu e disse que não estava com pressa. Naquele momento eu sabia que seria ele. Depois que contei “tudo”, ele me disse que iria me operar, que era pra eu tentar emagrecer, ou pelo menos não engordar... No dia “D” eu estava com 127kg. Estava com medo. Muito. Pedi a DEUS pra me permitir criar a minha filha. Escrevi uma carta e coloquei no fundo da minha mala, endereçada à minha mãe, para ler somente se eu morresse. A pressão estava alta, e não paravam de me enfiar remédio embaixo da língua. Seja o que DEUS quiser. Me entreguei. Lembrava de tudo, tinha vontade de chorar, pensava na minha menina, na minha mãe. Tudo escureceu e acordei mais tarde, na UTI do Hospital Iamada. Não sabia se estava viva. Mal conseguia respirar. Doía tudo! Morri! To num hospital no plano espiritual... Tinha alguém gritando perto de mim, e isso me dava a certeza de que tinha morrido. E agora? Então, uma moça se aproximou e estava com um crachá do hospital. Será que eu estava viva?? E minutos depois, ou horas, não sei bem, o Dr. Fernando apareceu, todo sorridente, me dizendo pra eu não estranhar o tamanho do corte na minha barriga, porque ele tinha tido que me operar bem rápido e precisou abrir um pouco mais... 500 indagações me vieram na mente, mas não perguntei nada. Eu confiava nele. Fiquei um pouco mais de um dia ali, depois fui para o quarto, e a pressão ainda estava muito alta, dando trabalho pra todo mundo. Que dor. Que desespero... O que eu fiz da minha vida? Passei a semana toda no hospital, até poder tomar meus remédios pro coração e a pressão abaixar um pouco. Fui pra casa da minha tia e ali tive uma ótima recuperação. Os meses passavam e eu emagrecia. O cabelo caía e eu emagrecia. As dores diminuíam e eu emagrecia. O coração melhorava e eu emagrecia. Hoje peso 86kg. Não voltei a ser magricela não! Mas estou saudável. A função cardíaca melhorou. O coração diminuiu um pouco, e eu tenho uma vida normal. Como de tudo! Não passo mal! Passo longe de tudo que é tarja preta. Em outubro completarei  4 anos de cirurgia e sempre me pergunto se estaria viva, caso não tivesse operado. A ansiedade não mudou. Encontrei uma psicóloga aqui na minha cidade e faço terapia. Faço atividade física. Brinco com a minha filha. Minha vida mudou da água pro vinho. Agradeço à DEUS, à Fátima (minha primeira psicóloga), e aos meus médicos, o cardiologista Dr. Adriano, e o Dr. Fernando... sempre! A carta que levei no fundo da mala, eu rasguei e joguei no lixo, afinal, eu não morri! Até hoje não sei bem o que houve na cirurgia, qual foi a complicação exatamente. Mas também não quero saber, por isso não perguntei ao meu cirurgião. Como eu disse antes, eu confio nele, e prefiro focar minha atenção no presente. O que passou, já era! E hoje, me olho no espelho e entendo perfeitamente como cheguei aos 135kg e tudo que tenho que fazer para me manter em um peso saudável.  Hoje eu entendo o quanto minha filha é importante e vejo nela um motivo para lutar, mas já entendi que tenho que me amar em primeiro lugar. Quem não se ama, não consegue dar amor. Cuidando de mim mesma, posso cuidar dela de uma forma muito melhor. Acredito que tive uma chance, e agradeço por isso, diariamente.”

Acabo de escrever esse artigo extremamente emocionada, pois não canso de ler a história dessa guerreira, que percebeu que amando a si mesma seria muito melhor para as pessoas ao seu redor.

Parabéns Luanna por sua luta, mas principalmente por sua Vitória....

E como não agradecer ao Fernando, nosso cirurgião por nos dar a chance de nos conhecermos..... Obrigada Fernando – sempre....



domingo, 7 de junho de 2015

REUNIÃO DE PESO 2 - fevereiro de 2015

( Psicóloga: Maria Olivia Belfort)

Eu já falei bastante de como e quando ocorrem as nossas Reuniões de Peso e por isso vou pular essa parte.

O que interessa é que a cada reunião que eu frequento fica mais clara a sua importância, pois por vezes eu e os outros pacientes chegamos lá desanimados, descontentes com os resultados alcançados e após ouvir o profissional palestrante, tirar nossas dúvidas e conhecer outras pessoas maravilhosas, realmente saímos de lá com nossa força de vontade renovada.

Em fevereiro de 2015 a palestrante convidada foi a Maria Olivia Belfort – psicóloga da equipe do Dr. Fernando, que nos acompanha no pré e pós-operatório.
Importante aqui destacar que sem o consentimento de uma psicóloga e de preferência da Maria Olivia o Dr. Fernando não opera ninguém.

Neste dia em especial a palestra foi sobre o preço que temos que pagar a cada escolha que fazemos na nossa vida, e claro falamos do aqui do preço psicológico e não monetário.

Foi super interessante, pois ali naquele local, várias pessoas falaram e pudemos perceber a diferença entre nós.

Para algumas pessoas o preço está sendo bem alto, tendo que driblar várias outras compulsões e vícios, como por exemplo, bebidas alcoólicas, doces e bebidas alcoólicas, tendo inclusive que fazer tratamento psiquiátrico para se equilibrar.

Para outras o preço foi até bem barato, conseguindo ultrapassar todo o pós-operatório sem grandes dilemas e frustrações.

Para mim, não sei se é pelo modo que encaro normalmente os obstáculos o preço está sendo muito barato e olha que os obstáculos não foram poucos, conforme vocês sabem pelas leituras anteriores.

Mas encaro da seguinte forma, os benefícios são tão grandes que na balança do custo-benefício o preço final é quase de graça.

Cada vez que me olho no espelho fico feliz e isso já não acontecia há muito tempo.

Hoje, já consigo voltar a me interessar por pessoas que possam resultar em um relacionamento, e o mais engraçado é que não importa se vai ou não rolar, o que interessa na realidade é que a minha segurança está voltando e me vejo capaz de cativar outra pessoa.... enfimmm FELIZ !!!!!!

Enfim, essa Reunião de Peso foi super legal, porque  conseguimos nos comunicar e assumir em público várias dificuldades, problemas, alegrias, desculpas utilizadas resultando num conhecimento muito maior de nós mesmos e do que nos espera se não tomarmos cuidado conosco diariamente....

E aqui se aplica uma frase que normalmente utilizamos em outras ocasiões, mas para nós bariátricos é extremamente útil – precisamos diariamente nos vigiar para que nada dê errado na nossa caminhada....
Beijos a todos e que essa caminhada, não só do paciente bariátrico mas de qualquer ser humano, seja vitoriosa !!!!!