Vida

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sábado, 28 de fevereiro de 2015

ADERÊNCIAS - 4 ... (Estadia no Hospital)

Domingo de manhã, Domingo de Carnaval e eu feliz por sair da UTI e ir para o quarto.

Chegando o quarto estavam minha mãe e minha tia me esperando, visivelmente aliviadas por eu estar de volta, sim porque operar de urgência sempre é mais difícil para os familiares do que para o paciente.

Desta estadia não existem histórias - entra enfermeira, sai enfermeira, entra técnicos e técnicas de enfermagem e saem técnicos e técnicas de enfermagem, enfim, um vai e vem sem fim ......

Aliás, existe um tópico a ser contado, nesta internação conheci meu novo e querido médico - Dr André Pirajá ( infectologista ) que com seu sorriso franco, seu jeito de moleque, seu corpo de atleta, vinha, assim como o Dr. Fernando, trazer um bálsamo de tranquilidade ao que poderia ser uma internação muito estressante.

É impressionante a capacidade desses dois médicos de nos deixarem à vontade e tranquilos, mesmo quando a situação não é das melhores... Obrigada Doutores ....

Estressante por quê ? Porque ficar uma semana internada, presa em uma cama, com um corte na barriga, sonda nasogástrica, soro, alimentação parenteral (por via venosa) não é nada fácil, nem para a paciente ( por mais paciente que ela tente ser ) nem para a acompanhante.

Aliás, a minha super acompanhante - minha mãe, merece um super obrigado neste ponto, pois ficou bravamente ao meu lado, me ajudando a levantar da cama, da cadeira e etc durante toda a semana, tendo como sua companhia uma dor no ombro direito que não sedia com medicamento algum, levando-a inclusive ao Pronto Socorro, tamanha era sua dor.

Por isso mãe, obrigada por ser minha mãe e me ensinar a ser uma Guerreira como você....

Enfim, é isso, na quinta feira, pós-carnaval, tive alta e enfim cheguei de volta à minha casa, para novamente fazer repouso para recuperação cirúrgica.....

Voltemos, então, por enquanto às histórias de minha vida ..... ou outra qualquer que surgir em minha mente ....

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

ADERÊNCIAS - 3 ... (Noite na UTI)

A noite na UTI simplesmente me parece uma nuvem cheia de visões.

As visões (kkkkk) começaram com dois rostos muito conhecidos e amados - minha mãe e minha prima Ana Angélica que apareceram e ficaram falando comigo, pelo tempo que me pareceu infindável e depois descobri que foram alguns minutos.

Sim, meus queridos, é isso mesmo, ficaram falando, falando, cuidando de mim, mandando as enfermeiras me agasalharem e nada de me contarem o que tinha acontecido.

Foram embora e continuei minha noite infindável, sem saber se era dia ou noite, sem ninguém conversar comigo, com oxigênio, uma sonda nasogástrica, uma sonda urinária e completamente dopada ( a cena devia ser deplorável - ainda bem que não existem fotos ).

As únicas coisas que lembro são da minha mãe e minha prima e da enfermeira colocando meias em meus pés e me cobrindo para eu não passar frio.

No que devia ser o período da manhã seguinte à operação, enfim, começaram a falar comigo (claro que as enfermeiras não nos contam nada - só fazem o que tem que fazer).

Me levantaram da cama, deram banho, refizeram os curativos - no corte (dezoito pontos - dos seios até o umbigo) e no dreno - dois canos enfiados no meu abdômen - super agradável..... mas extremamente necessário.

Me voltaram para a cama e fiquei quase pacientemente esperando o Dr. Fernando, que como sempre apareceu com todo o seu bom humor e sorriso lindo e foi logo dizendo : "Não aguento mais a Barbara (minha amiga, que vocês conhecerão depois) ela não para de me ligar querendo notícias suas." heheheh - ficamos sempre felizes quando os amigos se preocupam conosco.

Eu na verdade só queria saber o que tinha acontecido comigo e ele me contou que meu intestino ( que é uma coisa que se mexe dentro de nós ) tinha grudado na parede do abdômen ( na verdade em um hematoma que havia se formado anteriormente ) e feito um cotovelo que segurou todos os sucos gástricos, pancreáticos, bile e etc.

Esse cotovelo, segurando os líquidos forçou o local da operação (no intestino ) e soltou um grampinho, por onde esses sucos começaram a invadir meu abdômen e provocar aquela dor insana.

Diante do quadro ele tentou realizar a operação por vídeo, mas foi impossível, então abriu meu abdômen e fez o que tinha que ser feito, dando inclusive uma lavada geral para limpar o organismo dos ácidos estomacais, bile e suco pancreático.

Após essa explicação, me fez gravar uma mensagem no wathsapp para ele enviar para a Bárbara e me deu alta da UTI, me deixando ir para o quarto onde ficaria por quase uma semana e onde conheceria outra pessoa incrível, o Dr. André Pirajá... mas essa é outra história ....

PS.: quero aqui agradecer ao Dr. Fernando Leal Pereira pela colaboração neste Post.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

ADERÊNCIAS - 2 ... (Enfim em Presidente Prudente)

Enfim, às 10:30 horas do dia 13 de fevereiro, cheguei ao Pronto Socorro do Hospital Iamada em Presidente Prudente e como já esperado o Dr. Fernando já estava a minha espera.


Enquanto minha mãe e minha tia cuidavam da burocracia, eu fui direto para aquelas cadeiras maravilhosas tomar soro e medicamento e nada de água ( até este momento não falei da água ou falta dela, mas só digo que nunca passei tanta sede como no periodo pós - bariátrico, mas aguardem ).

Soro, medicamento para dor ( que não diminuía ) e enfim Tomografia, com aquele contraste horroroso ( mas que para quem está com sede é um bálsamo ).

O contraste da Tomografia foi um caos, porque eles queriam realmente que uma pessoa com quase estomago nenhum ( meu caso ) engolisse 6 copos de água com aquele gosto amargo - claro que não aguentei tudo, foram 3 copos e meio na marra e com as enfermeiras me olhando como se eu estivesse de manha.

Imagina só, com aquela dor não tinha nem condições de fazer manha....

Fomos para a Tomografia e voltamos para o Pronto Socorro (neste momento quase 16:00 horas ) e então chega o Dr. Fernando ( com a cara mais emburrada que vocês possam imaginar ) e declara o veredito : Vamos ter que voltar para a mesa de cirurgia, vou tentar fazer por vídeo mas não garanto.

E lá fui eu, 60 dias após a primeira cirurgia, de volta para a mesa de operação, só que desta vez eu sentia a urgência em cada pessoa que chagava perto de mim - enfermeiras, anestesista, atendentes, etc.... e eu só tinha um pensamento - estou em ótimas mãos, tanto aqui na terra quanto na espiritualidade, então só podia pedir que meus anjos ajudassem os anjos do Dr. Fernando e toda a equipe que o acompanhava ....

Até esse momento, não sabia o que estava acontecendo e só fiquei sabendo no dia seguinte quando o Dr. Fernando foi me visitar na UTI e será nesse momento que contarei a vocês, afinal um pouco de suspense sempre é bom....

Só prometo que será rápido.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

ADERÊNCIAS ... (Como fui parar em uma mesa de operação apenas dois meses após a Gastroplastia)

Vamos nesse momento dar uma pausa nas histórias antigas e contar uma novinha, saída do forno.

Quinta feira (dia 19 de fevereiro) logo após ter postado os últimos dois links fui calmamente dormir.

Após umas duas horas acordei com uma dor insana no abdomem e como toda leiga, completamenete sem noção, ao invés de acordar meu médico (Dr. Fernando Leal Pereira - mas sobre este ser humano incrível eu vou fazer um tópico separado - aguardem), fui logo tomando um comprimido para gases.

Deitei novamente e devo ter conseguido dormir um pouco, mas era umas 3:00 horas da manhã quando acordei com uma dor pior que a anterior, acordei minha mãe, que acordou minha tia, que acordou minha prima, que conversou com meu tio que sofre de insônia e estava devidamente acordado e fomos todos (menos a minha tia) para o Pronto Socorro.

Chegando no Pronto Socorro e após toda aquela burocracia burra, o médico de plantão chegou e eu com toda a minha dor fui logo dizendo - Dr. tenho uma cirurgia bariátrica realizada há dois meses. Neste momento só vi seus olhinhos arregalando e vi a legenda de seu pensamento: E agora? 

O médico foi para o exame clínico, me apalpou e chegou em uma conclusão brilhante, vamos ligar para seu médico.
Claro que fiquei radiante, mas nada seira tão fácil - era umas 4:30 horas e comecei a mandar Wathsap e nada dele me atender.

Como essa não é sua prática normal, logo tive certeza que a VIVO não estava do meu lado nesse momento de dor insana.
Bom, eu liguei, liguei, liguei, até que um pouco depois das 7:00 horas ouço a voz salvadora do Dr. Fernando no outro lado da linha e eu sem perder tempo já vou gritando: Fernando, é a Paula, estou com uma dor horrível ... e passei o telefone para o Plantonista.

Conclusão óbvia: O Dr. Fernando pediu para que o plantonista me encaminhasse para Presidente Prudente (cidade onde operei e meu médico atende), que lá ele assumiria o caso.

Como foi minha chegada no Hospital e outras histórias no próximo tópico .....

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

PEQUENA HISTÓRIA DE VIDA - PARTE 3

Hoje é um daqueles dias que estou inspirada, então, contarei mais uma pequena história - que para minha vida não foi tão negra quanto a do hipofagin.
Aos 11 anos de idade eu pesava 71 quilos e dessa vez minha mãe achou um médico em uma cidade há mais de 400 quilometros da nossa casa.
Dessa vez não era o remédio que era milagroso, mas o médico, pois ele mandava manipular uma fórmula que todo mundo emagrecia.
Necessário explicar que nessa época - 1975 existiam poucas farmácias de manipulação e um  médico ter a sua própria fórmula era praticamente incrível.
Pois bem, fomos nós ver esse médico, que ficou indignado com meu peso e mandou fabricar sua famosa fórmula, que só podia ser manipulada na farmácia indicada por ele.
Mandamos manipular a fórmula e enquanto a farmácia preparava eu fui tomar um sorvete imenso - despedida para início de mais um tormento.
Voltamos para casa e tomei vários vidros dessa milagrosa fórmula.
Emagreci, cheguei no peso indicado e poucos meses depois havia engordado tudo de novo. (replay -  tudo igual )
Mas a parte boa da historia vem agora - alguns anos depois, por volta dos meados dos anos 80, eu já fazia faculdade e estava assistindo FANTÁSTICO, quando vejo na tela o meu médico milagroso, que mandava uma única farmácia manipular suas fórmulas, sendo preso PORQUE EM SUAS FÓRMULAS CONTINHA UMA PEQUENA QUANTIDADE DE VENENO DE RATO ( que fazia suas pacientes secarem).
Pois é, vocês podem acreditar, até veneno de rato eu já tomei para emagrecer ..... e insisto - todas as histórias contadas neste blog são verdadeiras.....
Beijos, fui ......

PEQUENA HISTÓRIA DE VIDA - PARTE 2

Antes de chegar propriamente na Operação, penso que todos tem que entender que o caminho até ela não foi fácil, que essa decisão não foi um simples impulso de quem pesa uns quilinhos a mais.
Aos seis anos de idade eu já pesava muito acima do peso ideal, não vou poder falar quantos porque minha mãe não se lembra.
Aliás essa foi uma época que eu gostaria de esquecer ( lembram que eu disse que contaria períodos negros - esse é um deles), pois foi lançado no mercado um remédio mágico - que prometia milagres no emagrecimento - o HIPOFAGIN.
Diante dessa maravilha do século XX, minha mãe me levou a um médico ( esse com certeza da categoria - louco de pedra) que prontamente me receitou (receita azul) o tão milagroso remédio.
Conclusão - emagreci alguns quilos, é verdade, mas aos seis anos de idade sofri de um período depressivo e a única coisa que lembro desse período é que cada vez que ouvia o meu nome ( e olha que é um nome lindo - Ana Paula) eu caia no choro.
Enfim. não sei como essa história terminou, mas sei que voltei a rir, brincar e a engordar - voltando a ser uma criança feliz, sem qualquer remédio milagroso em meu organismo.
Bom, com mais essa pequena história ficaremos por aqui .....

NATAÇÃO

Marca do dia : 1.450 metros .... com muita prancha e polibóia .... AMO .....

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

PEQUENA HISTÓRIA DE VIDA

Acredito que não existe outra maneira de começar esse blog, então lá vamos nós: EU NASCI .... em 30 de maio de 1966, uma menina linda, loira e de olhos verdes.
Fui crescendo e junto com a idade a gordura também ia se desenvolvendo.
Já aos 9 meses pesava 12 quilos e não existia na pequena cidade, onde nasci e moro até hoje, sapato que me service, obrigando minha avó, crocheteira de primeira categoria, a fazer lindos sapatinhos de crochê para que sua neta não andasse descalça pelas calçadas quentes do interior paulista.
Enfim, é uma longa história, passando por períodos negros e felizes, que aos poucos se revelarão neste blog.
São histórias de escola, SPA, nutricionistas, médicos loucos, não tão loucos e normais, enfim, será uma vida desvendada para aqueles que tiverem paciência para seguir esse blog.
A única promessa que farei é que escreverei postagens curtas para não entediar os possíveis, se é que existirão, leitores.
Beijos a todos e por hoje ficaremos por aqui ......