Vida

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segunda-feira, 4 de maio de 2015

OPERAÇÃO BARIÁTRICA - PARTE 4 ( Dieta Líquida)

Após a operação e aquele fatídico sábado eu fiquei internada até segunda feira, quando tive alta e pude vir para minha casa.

Ai começa uma fase em que algumas pessoas chegam perto de enlouquecer, mas comigo foi relativamente tranquila.

Nessa fase temos uma dieta insana, na primeira semana temos que tomar um copinho de café ( 50 ml) de líquido a cada 30 minutos.

Eu tinha um arsenal de líquidos diferentes na minha geladeira - gatorade de vários sabores, água de coco, água, sucos naturais ( peneirados e coados) principalmente de melão e melancia e ainda tinha  que tomar o caldo em que havia cozinhado legumes.

Tudo que era doce eu conseguia engolir, mas o tal caldinho de legumes era uma verdadeira tortura, só o cheiro me dava ânsias homéricas ...

Minha mãe, minha tia Lola e minhas primas não saiam do meu pé dizendo que eu tinha que comer ( tomar ) alguma coisa salgada, mas aquele caldo não descia de jeito nenhum...

Além da alimentação precária ainda tinha que usar uma meia mega hiper apertada, uma cinta tão apertada quanto a meia e andar, andar muito para não dar gases, para não dar trombose, para me mexer e tudo que eu queria era ficar na cama, pois não tinha forças para nada.

Andar nunca foi meu exercício favorito, se é que existia algum exercício favorito antes da operação, e de repente eu tinha que me esforçar e andar o máximo que conseguisse e agora vou confessar ( desculpa Dr. Fernando) que andei muito pouco, fiz muita manha e dou Graças aos Céus que nada tenha me acontecido.

Mas gente, é verdade, eu não tinha forças para nada, andava 50 metros e já ficava tonta, doida pra voltar para a cama, mas não aconselho ninguém a fazer o mesmo, pois andar é muito importante no pós-operatório.

Ai começa a 2ª semana e a única mudança é naquela aguinha salgada, porque podemos bater tudo no liquidificador e coar bem coadinho para não sobrar nenhum pedacinho .... e mesmo assim eu nao conseguia engolir nada e todo mundo continuava me dizendo que eu ia ficar muito, muito fraca por falta e sal.

A aversão ao sal era tão grande que minha Tia ameaçava me fazer engolir a força, mesmo que colocasse tudo para fora e ainda bem que ela nunca cumpriu as ameaças.

Para vocês terem uma ideia de como era complicado esse negócio de comida salgada na Noite de Natal nós ( eu e minha mãe) íamos na casa da minha prima Erileine junto com toda a família e minha mãe ficou encarregada de fazer as saladas.

Quando as saladas ficaram prontas minha mãe me chamou para ver se estavam bonitas e assim que senti o cheiro da couve-flor as ânsias voltaram e voltei rapidinho para o meu quarto.

Conclusão, minha mãe ligou para minha prima e pediu para virem buscar as saladas, pois diante da minha reação a uma simples salada ficou claro que não aguentaria os cheiros dos Assados Natalinos ...... e assim passamos a Noite de Natal quietinhas em casa.

Logo conto como voltei a comer comida salgada .....


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